terça-feira, 10 de maio de 2011

Como um homem e um creme podem fazer faísca

Viemos os dois com um escaldão de Barcelona. Ah, bora lá só ali à praia apanhar um solzinho que sabe tão bem na moleira, daí a estarmos esparramados ao sol a bater a soneca foram 5 segundos. Daí a ele tirar a camisola porque tinha calor, outros cinco. Resultado: vermelhinhos que nem tomates que é para a próxima termos juízo.

Hoje, enquanto andava de tronco nu em casa com o peito a fazer lembrar entrecosto cru de tão vermelho e magro, perguntei-lhe: “Já meteste creme aí? Estás tão chamuscado que vais perder pele de certeza…” "Já, pus ontem depois do banho”.

Incrédula com tal desenvoltura, voltei a questionar: “De qual? Do Dove que comprei no outro dia no supermercado?” “Não, daquele de pele de pêssego cor-de-rosa que já tinhas há muito tempo, assim acaba-se com aquela embalagem”.

Continuava sem perceber: “Hum, mas não está aí mais nenhum creme para o corpo, mostra-me lá”. Confiante, levantou-se da mesa meio zangado - com todas as certezas do mundo - e esfregou-me a embalagem cor-de-rosa na cara: “Foi este, vês? Ardeu-me foi muito a pôr.”

Pois claro que ardeu. Não me lembro de um dia algum especialista ter dito que desmaquilhante era bom para hidratar escaldões.

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