terça-feira, 26 de abril de 2011

O segredo dos sinais de trânsito

São originais, provocadores e transmitem uma mensagem. Uma manifestação contra regras redutoras que o artista plástico Clet Abraham quer espalhar pela Europa. Leiam mais pormenores na revista Sábado que saiu na passada quinta-feira.

Está desvendado o mistério.









Fotografias de Ricardo Lopes

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Queridos Braga e Benfica,

Está a chover em Florença, eu saí de casa a contra gosto e estou num café um  bocado para o feio com americanas histéricas a gritar-me aos ouvidos, o único com wireless e uma tomada eléctrica que nos aceitou com o computador às costas. Estou virada contra uma parede, como se estivesse de castigo, a ouvir coisas como "o Benfica treme mas não cai" e com o coração a bater mais depressa do que a conta para uma sportinguista.

Os meus pais, tios e sogros chegam amanhã e quero recebê-los como deve ser, vai daí que quando chegar a casa tenho à minha espera dois cheesecakes e duas quiches. Se vocês perderem, o meu humor não permitirá que os meus dotes culinários brilhem e sentir-se-ão culpados para o resto da vida.

Um bocadinho de respeito é o que vos peço. Eu esforcei-me, agora é a vossa vez. Portugal já me dá desgostos suficientes portanto vejam lá se recuperam a compostura.

Obrigada.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Terão os jornalistas portugueses de se tornar papagaios para garantirem o emprego?

Isto não tem nada a ver com Itália, é mesmo com o podre dos podres do meu país e da minha profissão. Estou há dez minutos de boca aberta, em choque, incrédula.

A jornalista Sofia Branco foi demitida de editora da Lusa por se ter recusado a escrever uma frase do primeiro-ministro, ditada ao telefone pelo seu assessor, que ainda não tinha sido dita. Acho que sim, que faz todo o sentido Sócrates ainda ter hipóteses de ganhar as próximas eleições.

Às vezes penso que quem o defende só pode viver num mundo diferente do meu, não ler as mesmas notícias, não recordar as mesmas promessas. Enfim, não há mais nada a dizer.

Vejam pormenores aqui, no blogue do jornalista António Granado.

Jesus Cristo chegou à minha casa

Isto que vêem aqui ao lado é uma espécie de santuário ao qual é dedicado diariamente o devido culto. Basta-me respirar para ouvir logo a reprimenda: “Tem cuidado com a maqueta!” Mas se ando, levanto um braço ou escorrego no ínfimo espaço no qual me é possível deslocar, sinto-lhe o coração palpitante.
Abre muito os olhos e fica estático, à espera do pior.

Eu, que no início do namoro cheguei a ter diálogos com as estúpidas das maquetas porque o meu namorado lhes tinha mais estima do que a mim, sorrio triunfante como quem diz: “Toma lá que ainda não foi desta mas é melhor que a tires daí porque o dia de amanhã, ninguém sabe.

Esta maqueta é o Jesus Cristo cá de casa, só ainda não nos ajoelhámos os dois a prestar-lhe homenagem porque não calhou. Açambarcou-me os frascos da maionese e do doce e levou igualmente a boa disposição do meu namorado.

O pior de tudo? Ele agora quer arrumá-la perto da caixa onde guardo os meus sapatos, e já me avisou: “Depois não se pode é ir ali mexer!”. Ah, ah, ah até a casa vai abaixo. Vai tudo muito bem, amor, eu respeito a tua fé, mas não te metas com a minha.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Procuram-se soluções para exterminar melgas

Mal o sol raiou foi vê-las a chegar. Primeiro eram duas ou três, agora surgem em grupos organizados, prontas para o massacre. São espertas, as gajas. Comem pouco para não engordar, são pequeninas e por isso difíceis de apanhar.

Já não sei que faça à vida. A minha linda casa é uma espécie de estufa quente, se não abro a janela morro com o bafo de calor. Se a deixo aberta, entra a aragem e todo o jardim zoológico de insectos de Florença.

Todos os dias descubro três ou quatro picadas novas. Estou quase a terminar a pomada que a minha mãe me mandou para a ocasião e não tenho bem a certeza se sairei daqui com sangue suficiente para próximas análises.

Vou tentar o truque do manjericão, comprar insecticidas eléctricos e um bom repelente, mas há um grilo falante a dizer-me que os resultados serão quase nulos. Conhecem alguma mezinha milagrosa? Please

Bem, agora vou só ali coçar-me mais um bocadinho. Já volto.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Italiano é bicho mau quando o assunto é futebol

Ontem à tarde saímos para ir passear ao jardim. Quando estacionámos a bicicleta, perto do estádio da Fiorentina, antevi pelo colorido violeta das ruas apinhadas de gente que o derby com o A.C Milan estava para começar.

“Vês, cortaram a estrada só para passarmos. Temos bilhetes VIP”, disse-me ao mesmo tempo que me mostrou dois papelinhos amarelos com os nossos nomes. Comecei aos pulos no meio da rua. Há tempos que andava a querer ir ao estádio, apreciar os tifosi, ouvir-lhes os cânticos, ver como comemoravam os jogos e confirmar que o futebol tem mesmo uma linguagem universal. Isso tudo embrulhado numa surpresa, soube ainda melhor.

À entrada fiquei logo a saber que os seguranças daqui são uns mauzões, proíbem máquinas fotográficas, não vá as ditas transformarem-se em perigosas armas, mas não revistam malas e perguntam aos adeptos: “Tem very-lights?” Claro que todos lhes respondem: “Tenho sim senhora, tome lá, fique com eles para atirar foguetes esta noite”.

O nosso lugar era numa bancada neutra mas estes amigos não brincam com coisas sérias. O A.C Milan marcou no início da primeira parte e houve um desgraçado que teve o azar de comemorar com afinco o golo do seu clube. Sabem o que são dezenas de pessoas levantadas numa bancada a mandar alguém sair dali? Pois, foi mais ou menos isso. Vi o terror nos olhos azuis do coitado (e corajoso porque se manteve na mesma cadeira até ao final).

Pela raiva com que viveram a coisa, devia ter ali ao meu lado o adepto 1,2,3 e 4 da Fiorentina. Eu cá agradeci ter comprado um cachecol violeta no início do jogo e agarrei-me a ele como quem dizia: Por favor não me cortem às postas por me ter rido de vocês, por favor, sou uma das vossas, não vêem, não vêem?

A maioria dos adeptos eram fiorentinos e eu caso a coisa desse para o torto já tinha o discurso preparado: “Sou de Portugal, o país do Rui Costa.” Aí era vê-los de joelhos aos nossos pés. A experiência serviu também para aprender algum vocabulário útil para quando algum taxista voltar a tentar passar-me a ferro. Fiquei a saber que sembra napoli [parece Nápoles] e bastardi é insulto grave por aqui e que os italianos desejam com alguma frequência que os seus jogadores rompano os outros todos, que deve ser o mesmo que gritar: “Deixa-o em fanicos, caraças!”.

Torci pelos Viola com afinco, que tenho facilidade em vestir a camisola dos sítios de que gosto. A dez minutos do final - com a Fiorentina a perder 2-0 - já só pedia um golo para poder ver o casal de velhotes (por volta dos 80 anos) dos binóculos a comemorar. O Vargas fez-me a vontade e digo-vos ver os dois senhores de binóculos pendurados ao pescoço abraçados foi coisa linda de se apreciar. 

Ah, e futebol é realmente igual em todo o lado. Os mesmos cânticos, as mesmas expressões, a mesma revolta contra o árbitro, a mesma magia.

Mudou a língua e os decibéis, os italianos têm uma goela um bocadinho melhor do que a nossa.

   
  



                                                

sábado, 9 de abril de 2011

Ah bom, agora mais descansada

Ele convenceu-me a aguardar mais uma semana até mudar a cor do cabelo porque, diz, até me fica bem. Íamos no autocarro quando perguntei: “Está com o mesmo tom daquela senhora ali à frente, não é?”

“Não, nem pensar! Está da cor do aço corten, aquele material que eu gosto muito de ver nos edifícios”.

 É o que dá confiar assuntos de beleza feminina a um arquitecto.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O italiano português

O Marco é italiano mas parece um português nascido e criado em Trás-os-Montes. Fala “achim”, muito e bem. Parece uma grafonola, não há nada que não saiba dizer. Usa expressões como “lá no caraças mais velho”, “aquele tipo”, “onde é que andas pá?”, “o que é que tens miúda” e outras que não vale a pena citar aqui. Prefere a rádio Cidade a qualquer uma italiana.

Partilhou casa um ano com uma portuguesa (que descobri entretanto ser amiga de uma colega de faculdade só para confirmar a teoria de que o mundo é um penico) e diz que foi o suficiente.

O Marco é o tipo que todos os portugueses que vivem em Florença conhecem, um elo de ligação. Defendeu a bandeira Lusa nas tasquinhas Erasmus e teve de dizer a um professor, durante uma prova oral na faculdade, que não estava a conseguir falar bem italiano porque tinha vivido muitos anos no estrangeiro.

“Só me dou com tugas, quando vou para a minha terra [Nápoles] falo o dialecto, por isso, vou deixar de saber expressar-me na minha própria língua”.

Se vierem a Florença, já sabem, não podem deixar de o conhecer. É um personagem. Dos bons.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Socoooooooorro, o meu cabelo está cor de laranja

Da última vez que fui ao cabeleireiro, decidi que queria deixar de ser loira. O meu cabelo de tonalidade clara tornou-se castanho chocolate, uma cor bonita e da moda sim senhora mas que nem por isso ficou a condizer comigo.

Com as raízes a precisar de retoques há mais de um mês, decidi que hoje era um dia gracioso para mudar de visual e transformar a minha cabeça em algo que não fosse nem o amarelo, que tinha antes, nem o castanho-escuro, a aquisição recente.

Escolhi um salão perto de minha casa, usava bons produtos e tinha preços aceitáveis, entrei e apontei para a cor que queria entre as várias disponíveis no catálogo: um castanho com reflexos acobreados. Sublinhei que, provavelmente, aquela cor não iria ficar assim no meu cabelo e que, por isso, caberia à senhora escolher o tom indicado para que tudo corresse pelo melhor. “Eu quero esta, agora você é que tem de me dizer qual a ideal para o meu cabelo ficar exactamente assim”, repeti já a antever o pior.

Confiante, disse-me para não me preocupar, que o tom que escolhi era mesmo o indicado, “lindo, cheio de vida e reflexos”. Como sou crente no profissionalismo alheio, não contestei. Já com a tinta no cabelo e um tom alaranjado a querer escapar, temi que uma catástrofe pudesse estar para acontecer, mesmo assim, resolvi dar o benefício da dúvida e fiquei calada.

Quando me olhei ao espelho, depois de aquele estafermo me ter esfregado a cabeça como se em vez de mãos tivesse uma escova palha-de-aço, só não chorei por vergonha. A minha raiz estava da cor das cenouras que tenho no frigorífico, não podia ser eu a pessoa ali reflectida! Do meio para baixo, a coisa melhorava, mas isso é um pormenor que até agora não aquietou o meu desespero.

Sábado já tenho marcação num cabeleireiro como deve de ser (pelo menos assim o espero). Até lá, vou tentar olhar para mim o menos possível e pedir ao santinho que se dedica a este tipo de causas para fazer os impossíveis. Não sou dada a subornos mas, desta vez, abro uma excepção.

Mimos ao pequeno-almoço

Quase todos os dias, ele sai primeiro do que eu e deixa-me a mesa posta. Quando olho para ela, penso no quanto seria impossível para mim, sempre atrasada e com sono, ter disponibilidade mental para lhe deixar a papinha feita enquanto engulo uma taça de cereais ou trituro uma maçã.

Derreto-me.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A partilha das tarefas diárias

não está fácil cá em casa.

Ele diz que sim a tudo o que lhe peço, vai daí que não me posso queixar muito, mas é uma questão de velocidade. Enquanto eu faço a comida, ponho a mesa, lavo a loiça toda do jantar e varro a cozinha, ele rapa os pratos e dá "jeitinhos" invisíveis não percebo muito bem ao quê.

Tento não me enervar que o rapaz não faz por mal e até tem boa vontade. E lá continuo eu, qual sopeira: ponho a panela ao lume, componho a mesa, descasco batatas, tiro a panela do lume, lavo pratos, agarro-me à vassoura e, no final, acabo sempre a refilar.

"Mas com o que é que estiveste entretido enquanto eu fiz isto tudo?" A resposta é sempre a mesma: "Olha eu também não estou parado de certeza!" E, nesse preciso momento, começa a andar de um lado para o outro nos cinco metros que separam as duas paredes laterais da nossa casa.

Tenho de me rir porque olhar para ele é o mesmo que estar a olhar para uma barata tonta desnorteada, tudo para se mostrar ocupado.

Cheesecake time


Há quem goste de ir às compras quando está com a neura, eu atiro-me aos tachos que é uma alegria. A receita é da minha amiga Soraya e, depois de ter percorrido três vezes os mesmos corredores do supermercado para encontrar folhas de gelatina e leite condensado, acho que nem me saí mal.

A prova vai ser feita logo à noite, no Jantar da Cartada Tuga (inventei o nome agora), isto se me conseguir conter e não me atirar ao frigorífico como o gato a bofe. Já lá espetei o dedo e sabe bem como tudo. Estou a conter-me. Faltam exactamente 2 horas e 55 minutos.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sporting no Vaticano

Podemos não ganhar nada, empatar já depois do minuto 90 e ter candidatos a vice-presidentes um pouco loucos, mas a classe ninguém nos tira e isso até as altas patentes da Igreja Católica o reconhecem.

Vejam só a relíquia que encontrei numa das colecções privadas do Vaticano.

Comboio errado, destino errado, bilhete errado

Fotografia de Ricardo Lopes
Esta história é real, vocês vão achar que é ficção, que é azar a mais para um só corpinho (e pequeno ainda por cima!), mas é verdade e tem testemunhas.

Este fim-de-semana recebi a primeira das muitas remessas de amigos que irão pisar solo italiano. E o bem que soube? Conversa, risota, cusquices, palhaçada. Tudo natural, sem contexto ou reflexão antes de abrir a boca. Podemos dar a volta ao mundo mas as nossas pessoas serão sempre as nossas pessoas e o resto é história. Bem, mas não é disto que vos venho falar que quanto mais a minha veia lamechas estiver longe deste blogue, melhor para a sua saudinha.

Sábado ao final da tarde, acabados de ver Roma, faltava ainda duas horas para o comboio que nos levaria até Florença partir. Abancámos num café na estação de comboios Termini e tivemos tempo para fazer de tudo um pouco. Ver lojas, consultar o email e o Facebook, analisar todas as fotos da viagem, beber café… A cada cinco minutos suspirávamos pelo banquinho que nos ia aliviar a dor de pernas depois de dois dias a andar.

Quando finalmente entrámos no comboio, malcheiroso ainda por cima, armámo-nos em rebeldes e refastelámo-nos na primeira classe, cientes que não ia levar 10 minutos a levantarmos o rabo dos assentos. E não levou mesmo. Tinha a corneta acabado de apitar quando nos apercebemos que Florença não era uma feliz contemplada no rol de cidades para onde a maquineta iria.

Tudo o que aconteceu desde aí, ficará para sempre na minha memória. Entre o pânico, as gargalhadas de nervosismo, o andar para trás e para a frente no corredor a suplicar por uma alminha que nos iluminasse, ficámos a saber que o nosso comboio para Florença tinha saído, há cerca de três minutos, não da estação de Termini mas de outra (que agora não me lembro o nome), em Roma.

Pronto, estava tudo perdido. O dinheiro dos bilhetes, das dormidas, o banquinho onde já tínhamos planeado o sono dos justos. Tudo porque não nos dignámos a olhar para a folhinha A4 e confirmar se estávamos no sítio certo.

A única esperança foi que o Intercidades para o qual tínhamos bilhetes estivesse atrasado, como por sorte o comboio onde estávamos ia parar na tal estação de Roma talvez ainda conseguíssemos. E assim foi. Mesmo já com dez minutos de atraso, encontrámos forças ainda não sei onde e corremos como se não houvesse amanhã.

Galgámos degraus, subimos escadas rolantes, procurámos o nome Florença em dois binários errados até que ouvimos uma voz misturada com o som da corneta: “Bora pessoal, o comboio atrasou, é aqui!” Um dos rapazes tinha-se agarrado à porta para ela não fechar e as meninas, que entretanto tinham pedido encarecidamente às suas pernas para não deixarem de andar, lá entraram uma a uma.

Uma alegria, uma festarola. “Ai que foi o nosso Euromilhões, ai que sorte que tivemos, ai que nem acredito que estamos cá dentro, ai, ai, ai, ai… ai que os nossos lugares estão todos ocupados por pessoas”. Pessoas que cheiravam a chulé, vinho, suor. Pessoas que não se lavavam há dias. Ganhámos coragem e começámos o diálogo: “Olá, pode ver se por acaso não está no lugar errado?”

Não, não estavam. Tinham no seu bilhete exactamente os mesmos números que nós. Quase que desfalecemos, era informação a mais para um só dia. Revoltados com a incompetência dos italianos no geral e das máquinas da Trenitalia em particular, lá fomos indignados chamar o senhor pica (que não era poliglota como os portugueses, só falava Italiano).

Porca maiala dizia ele sem perceber como tinham sido emitidos dois bilhetes para o mesmo banco. Até que descobriu a pólvora: “Então mas os vossos bilhetes são para dia 2 de Fevereiro, há exactamente dois meses atrás, não podem estar aqui ou terão de pagar um novo”. Vimos os olhos a brilhar de todas as pessoas na cabine com quem tínhamos armado escarcel mas ninguém teve forças sequer para ficar incomodado.

Passada a fase da negação, em que dissemos ao pica que não podia ser, que era impossível, que tínhamos confirmado tudo por tintim por tintim, passámos à da vitimização. “Por favor, não nos faça pagar 45 euros por cada bilhete, nós somos estudantes, nunca usámos o bilhete em Fevereiro, por isso, que mal faz deixar-nos viajar em Abril?”

Ele, de porte rígido, gélido e inflexível, nunca dos respondeu até dizer um tímido: “Venham comigo!” Pronto, estamos feitos, é agora, vamos ficar numa terra onde Judas perdeu as botas e dormir na rua ao relento e, quem sabe, morrer congelados, pensámos. Mas não. O senhor pica que era italiano mas nem parecia tal era a simpatia, mandou-nos a todos para dentro de um vagão vazio que cheirava bem e disse para nos deixarmos estar ali.

E assim fomos a viagem inteira. Caladinhos que nem ratos, a perguntar vezes sem conta uns aos outros se aquilo nos tinha acabado de acontecer. Parecia mentira, mas tinha mesmo.

sábado, 2 de abril de 2011

O que pensam os italianos de Berlusconi?

Ou o amam ou o odeiam. Não há meio termo. Há quem lhe chame uma "anomalia macroscópica" e "um fenómeno de massas".

Se quiserem, leiam aqui o texto que escrevi para a Notícias Sábado, uma das revistas do Diário de Notícias.