quarta-feira, 2 de março de 2011

"Antipasto" para o pequeno-almoço

Acordei bem-disposta, meia hora depois de o despertador ter tocado. Estava com tempo, o suficiente para poder mastigar os cereais em vez de os deglutir como de costume. Até que fui à casa de banho e percebi que o meu sonho de infância se tinha realizado sem precisar de fazer nada: um apartamento com piscina interior. Deus não dorme mesmo.

Os chinelos, a única coisa impermeável que tenho em casa, transformaram-se no barco para enfrentar a tormenta. Os culpados podiam ser vários: a máquina da roupa, a sanita, o polibã e o lavatório. Como não sou canalizadora fiquei-me pela dúvida, sem hipótese de passar à fase da experimentação. Nada de duche, lavagem de dentes ou xixis matinais.

Os romenos que estão a trabalhar nas obras do prédio ao lado vieram dar uma olhadela. Dizem que a culpa não é deles e que tudo indica que seja a sanita. Como não sei dizer sanita em italiano, a entrada não consta no meu dicionário e a senhoria não percebe a tradução que o google translate me dá, resta-me esperar que amanhã às 8h30 o Sr. Fransceco me traga a porção mágica para que o meu cabelo deixe de estar oleoso.

Até lá, consolam-me os dígitos a mais que o senhorio terá de pagar quando receber a conta da água.

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