quarta-feira, 9 de março de 2011

Os italianos e o sexo

A coisa não vai nada bem. Dizem as estatísticas e a música que toca na rádio. Enquanto a macchina que aluguei este fim-de-semana me levava até à casa do Romeu e Julieta, em Verona, a ver os painéis do Giotto na Capela Scrovegni, em Pádua, e as máscaras fabricadas para turista apreciar no carnaval de Veneza, fez-se luz quanto ao porquê dos italianos andarem tão taciturnos: “Falta de sexo”.

A situação deve estar mesmo grave. Todos os notíciários de fim-de-semana repetiram que, segundo a Sociedade Italiana de Andrologia, 20% dos divórcios são causados por falta ou insuficiência de relações entre o casal e que em 70% dos casos a falta de vontade é do homem que se serve, imaginem, da tradicional desculpa feminina: dor de cabeça.

Como se já não bastasse, a música que passa em todas as estações várias vezes ao dia não é menos humilhante. Chama-se Il mare Immenso e tem uma estrofe que diz qualquer coisa como: “Há muito tempo que não fazemos amor, que o sangue não corre para o rio que nos levava ao mar, agora já não me arrependo mais e fico aqui sozinha."

Mais profundo que isto, era difícil. Se o Tozé Martinho ouvir a Giusy Ferrera a cantar contrata-a para a banda sonora da nova telenovela da TVI, na certa.

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