segunda-feira, 21 de março de 2011

Bosu ou como deixar uma leiga às portas da morte

Fonte: Google Images
Um ginásio a metade do preço é sempre um ginásio a metade do preço. Vai daí que num acto insano me decidi por um que fica a 7 km da minha casa, qualquer coisa como meia hora de bicicleta com subidas loucas à mistura. Escusado será dizer que chego lá com os bofes de fora, a pensar para os meus botões que se estivesse sozinha a ida e volta seria exercício quanto baste.

Pena que estas reflexões profundas só me ocorram no momento. Antes do acto, sou uma fortalhaça. Inscrevi-me nas aulas de step, pilatos, bosu e voleibol com a certeza que marcaria presença assídua. Cada duas 2 vezes por semana que a gordura acumulada assim o exige.

Comecei com o bosu, uma modalidade que me fez lembrar algo como andar aos saltos em cima da gema de um ovo estrelado. Um trampolim gelatinoso para o qual tive de subir dezenas de vezes ao ritmo de uma música demasiado mexida para as minhas capacidades.

Só aguentei a aula até ao fim porque fiquei de perfil para o espelho e sempre que o enfrentava recordava os motivos porque ali estava.  Mesmo assim, na hora a seguir achei que seria boa ideia relaxar no pilatos. Claro que a coisa é menos zen do que o que esperava e 15 minutos depois estava encostada à box a arrumar o colchão.

Cheguei a casa há meia hora mas considerei a hipótese desse milagre não acontecer, achei que morria pelo caminho, que o meu coração frágil ia parar ali tal era a velocidade em que o sentia na boca. Neste momento, sinto qualquer coisa que não sei explicar bem o que é. Ando ligeiramente de lado, é provável que tenha a anca deslocada, e ter forças para bater com os dedos no teclado está-me a parecer uma bênção do senhor.

Se passar desta noite, até sou menina para amanhã ir outra vez. Vamos ver.

Sem comentários:

Enviar um comentário