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Fonte: Google Images |
São a prova viva do slogan do Pessoa: Primeiro estranha-se, depois entranha-se. Estávamos em Itália há três ou quatro dias quando descascámos o primeiro exemplar.
Ele, esquisitinho com a comida, teve logo a certeza que a única solução era deitá-las todas no lixo. Cheirou uma ou duas, provou um gomo ridiculamente minúsculo, e concluiu sem mais análises que estavam todas podres.
Eu, o monstro das bolachas de qualquer tipo de comida, estranhei a tonalidade e o sumo que parecia sangue a escorrer-me nas mãos mas tratando-se de alimento nunca sou céptica o suficiente para passar a fase da experimentação. Provei-as, tive a certeza que podres não estavam e que eventualmente até poderiam ter um paladar semelhante a algo parecido com laranja. Influenciada pela fita anterior, e com os sentidos comprometidos que laranjas vermelhas também me pareceu à partida uma incongruência de base, recorri ao amigo Google.
Havia vários tansos como nós espalhados pela blogosfera. Exactamente com as mesmas dúvidas. Ficámos a saber que eram laranjas tarocco, originárias da Sicília, e que deviam a tonalidade ao solo vulcânico onde eram cultivadas, sofrendo uma mutação na cor.
Ele, nhurro, continua a dizer que as laranjas não são bem laranjas e não lhe sabem assim tão bem. Seja como for, comemo-las com alegria e não há-de tardar muito para andarmos a brincar aos Dexters com os gomos de sumo vermelho.
Um dos primeiros artigos do 1ª esolha foi sobre citrinos, mas a dama não lia...
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