quarta-feira, 9 de março de 2011

Jornalismo sem agenda

Quando um e-mail ou um telefonema para o colega de trabalho são quanto baste para conseguir o contacto do actor e do escritor famoso, do especialista na matéria e até do primeiro-ministro, esquecemo-nos do quão difícil pode ser fazer jornalismo.

A tábua é rasa, o primeiro contacto não existe. Por onde se deve começar? A agilidade, astúcia e mecânica que se aprendem nas redacções ajudaram mas foi com as dicas de um professor que atirei a primeira pedra: “Falem com as pessoas, com a dona da livraria, o empregado do café e o funcionário da câmara municipal. Saberão mais do que o que alguma vez imaginaram”, dizia-nos.

Quando faltam os amigos e os conhecimentos, quando a nossa lista telefónica não vale nada, valemos pelo que sabemos, pela forma como nos desenvencilhamos. Quando me vejo aflita nas lides jornalísticas, é dos seus conselhos de que me lembro sempre. Até agora, não me tenho saído mal.

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