quinta-feira, 17 de março de 2011

O que o amor faz...

Sou do Sporting porque a minha mãe assim o quis. Pelo mesmo motivo, também não gosto do Benfica. Essa história de que a escolha do clube é livre arbítrio é uma grande treta. Mesmo assim, não me queixo. A aura empertigada do Benfica irrita-me um bocado. Tenho algum prazer perverso quando os vermelhos perdem, gosto de os ver piar baixinho, de guardar na sacola o argumento de que são o clube com mais sócios do mundo para a próxima oportunidade.

Se é dor de cotovelo? É sim senhor que este Sporting precisava de ser cremado e voltar a nascer das cinzas e mesmo assim não sei se lá ia. Mas cada um com as suas.

No entanto, ultimamente, dou por mim rendida ao seu sorriso sempre que o Benfica marca golo. Já não quero que os vermelhos percam, a menos que seja contra o meu Sporting, claro. É que entre o prazer macabro e o real, acho que prefiro o segundo.

O Benfica marcou há poucos minutos, ele levantou a cabeça pendida na direcção do ecrã do computador, fez-me olhinhos, e disse-me com um sorriso maroto: “Foi golo do Benfas!” E eu que nunca pensei que tal notícia me deixasse contente, fiz cara feia e fiquei feliz por dentro.

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