Gosto de jogar no Euromilhões, da possibilidade que me dá de brincar ao faz de conta nos minutos que antecedem as bolinhas a andarem à roda. São quanto baste para chegar à Austrália, ajudar uma instituição de solidariedade ou criar uma revista de grande reportagem.
Quando na semana passada entrei numa das muitas casas de jogo de Florença e a senhora me disse que em Itália não havia Euromilhões, fiquei danada. Ora, há quem relaxe a beber, a fumar ou a fazer ioga, eu gosto de apostar em números e perder dois euros todas as semanas.
Decidi que tinha de arranjar um substituto para o meu ópio. Foi hoje. Olhei para os vários papelinhos coloridos disponíveis e pedi ajuda ao senhor que estava à caixa. 10 Lotto foi o eleito. Podia escolher de 2 a 10 números (entre 90), e apostar até 10€. Apostei 1€ e esperei que o ecrã de televisão pendurado na parede, que gerava os 20 números sorteados de cinco em cinco minutos, me tornasse vencedora.
Bem dito, bem feito. O 12 e o 65 foram felizes contemplados. Ganhei 7€50 que ajudaram a pagar metade do mapa de estradas que preciso para amanhã chegar a Veneza sem os desvios de percurso a que normalmente sou propensa.
Parece-me que já encontrei o meu entretém semanal.
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